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100 cidades protestaram hoje contra a lapidação....Lisboa não foi excepção

Tal como já se tinha dado a conhecer anteriormente neste blog a ICAS (International Comitee Against Stoning) convocou uma manifestação para o final da tarde de hoje , contra o apedrejamento e contra o regime Islâmico da República do Irão.
O vídeo que se segue foi apresentado no jornal da uma e anunciava a manifestação:
"O nome da iniciativa, “100 cities against stoning”, pretende chamar a atenção da opinião pública mundial para o facto de na República Islâmica do Irão a execução da pena de morte ser muitas vezes efectuada pelo bárbaro método do apedrejamento em público", diz a apresentação da iniciativa promovida através das rede social facebook."
cartaz da manifestação em Lisboa
Manifestantes em várias cidades a redor do mundo protestaram esta tarde também contra a sentença de apedrejamento da S.ra Sakhine Moahammadi Ashtiani (sentença de apedrejamento que de momento se encontra suspensa embora a condenação à morte em sí não tenha sido anulada, podendo vir a ser aplicada alternativamente por enforcamento).
Sakhine Ashtiani foi condenada à morte por apedrejamento, acusada de adultério, num julgamento cujos contornos tudo tiveram de irregular e subjectivo.
À manifestação em Lisboa que teve por palco o largo de Camões compareceram algumas dezenas de pessoas.
segundo se pode ler no sítio dn.sapo.pt (clique para ver a notícia original completa):
"O protesto em Lisboa juntou cerca de duas centenas de pessoas no Largo de Camões.
No pedestal da estátua ao autor d' Os Lusíadas, activistas dos direitos humanos leram trechos alusivos à situação de Sakineh, incluindo o artigo 5º da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
 "Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante."

"Parem as execuções no Irão", lia-se - em inglês - num dos cartazes de protesto.
 Os eurodeputados Edite Estrela (PS) e Rui Tavares (BE), parlamentares socialistas como Inês Medeiros e Ana Catarina Mendes, o escritor José Manuel Mendes, a cineasta Raquel Freire, a historiadora Irene Pimentel, o sindicalista António Avelãs e o director-geral da Saúde, Francisco George, estiveram presentes.
Os maiores aplausos ocorreram quando uma das activistas afirmou:
 "A lapidação é uma das formas mais bárbaras de crimes contra a humanidade."
Neste mesmo dia "A França apelou à União Europeia que adopte uma posição comum de pressão sobre o governo iraniano, para levá-lo a perdoar a condenada.
 O presidente Sarkozy chegou mesmo a dizer que Paris tinha "responsabilidade" sobre a mulher.
A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, afirmou ontem estar "para breve" o momento em que a União Europeia vai "exprimir colectivamente a sua reprovação em relação a práticas de outros tempos".
A estratégia da pressão internacional é saudada por um dos advogados de Sakineh, em entrevista publicada este sábado no diário "Times".
(ver o original completo desta notícia clicando aquí)
Saude-se esta iniciativa do Presidente Francês Sarkozy, tratando-se de salvar uma vida humana, pese embora o facto de que a França se encontra neste momento num processo de expulsão e deportação massiva de povos Rom, de etnia cigana do seu território, o que tem sido apontado por muitas organizações dos direitos humanos, pela Amnestia Internacional, pelo Human Rights Watch, e várias correntes políticas tanto na França como no resto da europa como uma manobra Xenófoba.
Xenófoba, pois parece imputar aos povos ciganos oriúndos da Roménia e Búlgaria a responsabilidade por parte da criminalidade naquele país.
Sabe-se que pelo menos outros 4 estados Europeus já começaram a fazer o mesmo.
Também neste mesmo dia:
"Sob intensa pressão internacional, o Irão anunciou que ainda não existe decisão definitiva sobre a execução de Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte pelo crime de adultério..."
"Segundo explicou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ramin, Meh-manparast, citado pela AFP, "este veredicto está a ser examinado e quando a justiça chegar a uma conclusão, esta será anunciada". Mehmanparast apelou a que não se usem casos judiciais com fins políticos.

Ashtiani foi condenada em 2006 à pena de morte por lapidação, por suposto adultério.
Recebeu também uma pena de dez anos de prisão pela participação na morte do seu marido, onde participou um amante da condenada.
 Esta segunda condenação não implica a pena de morte devido ao perdão concedido pela família da vítima.
Esta é a questão jurídica, tal como existe oficialmente.
No entanto, houve acusações de tortura da prisioneira, que viu o seu primeiro advogado exilar-se na Noruega por alegada perseguição policial.
O caso motivou uma vasta mobilização da opinião pública em diferentes países, incluindo Portugal."
(in Dn.sapo.pt-clique para ver o artigo original completo)
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